quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ENFERMEIROS ESTÂO DE GREVE!

SR(a)Utente

Os ENFERMEIROS
estão Em LUTA!
Durante anos lutámos para ter uma profissão mais digna!
Durante anos lutámos para ter maior grau de qualificação!
Durante anos lutámos para ser mais competentes!
Desde sempre temos cuidados de si e, ao mesmo tempo, exigido mais de nós próprios:
Mais formação,
Mais responsabilidade,
Mais empenho.

Sr(a). Utente
Desde sempre, assumimos que ter enfermeiros mais qualificados
significava ter cidadãos com melhores cuidados!
O Governo e o Ministério da Saúde quando assim o entendem,
afirmam que os enfermeiros são imprescindíveis para que os
serviços de saúde funcionem melhor… afirmam que os enfermeiros
são imprescindíveis para que os serviços funcionem mais horas….
Afirmam que a profissão de enfermagem é de reconhecido
mérito.
MAS, quando chega o momento de compensar a maior responsabilidade,
a maior disponibilidade, a melhor habilitação, o aumento de competências
e o acréscimo de trabalho VEJA o que nos propõem:
Sr(a) Utente, manter o salário actual dos enfermeiros é “diminuir-nos”
perante os outros profissionais deste país, é esta a humilhação que o
Ministério da Saúde nos “oferece”!

Remunerações iniciais nas diferentes profissões:

Enfermeiro
ACTUAL
1020€

Enfermeiro
Proposta do
Min. da Saúde
para o futuro
995,51€

Técnicos
Superiores
de Saúde
1626€

Professor
1518€

Médico
2575€

Inspectores
1664€

Magistrado
2549€

SR(A) UTENTE
Estamos em luta pela nossa DIGNIDADE, pelo
RESPEITO contra a HUMILHAÇÃO!

2 comentários:

  1. fanux, um dos 60.000 santos28 de janeiro de 2010 às 20:37

    Não são só os problemas financeiros que motivam a greve e que deverá gerar grande perturbação nos serviços médicos de todo o país. "Somos licenciados, queremos ter uma profissão digna e ganhar oficialmente um espaço que já ocupamos", diz Adriana Lopera. Uma ideia que está espalhada nos cartazes colocados nas portas dos hospitais e dos centros de saúde e nos panfletos que os sindicatos do sector têm estado a distribuir à população.

    Quinhentos euros a menos

    As expectativas são grandes. Os sindicatos dizem estar inspirados pela união que os professores mostraram e falam da "maior greve de sempre", a mais longa dos últimos 22 anos, que culminará numa manifestação sexta-feira em Lisboa que prometem ser "histórica". Ali são esperados 15 mil dos 60 mil enfermeiros portugueses, nem todos afectados pela reforma das carreiras em discussão com o Ministério da Saúde.

    Estão também previstas algumas marchas lentas, nomeadamente na VCI, no Porto. Ao longo dos três dias de greve, as cirurgias, consultas e outros serviços médicos serão afectados.

    "Esperamos nesta greve níveis de adesão próximos dos 100 por cento. Estamos muito descontentes com o Ministério da Saúde, que não tem dado uma resposta justa às nossas legítimas reivindicações", explica a presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

    Em causa, diz Guadalupe Simões, está a revisão da carreira da classe. Desde finais da década de 1990 que os enfermeiros são licenciados, e os que tinham um bacharelato tiveram de fazer um quarto ano. Contudo, a remuneração de entrada na carreira é de 1020 euros brutos, menos que para a restante administração pública.

    "Não estamos em paridade com os outros profissionais, em que os licenciados entram logo a ganhar 1200 euros. Para além disso, nós pertencemos a uma carreira técnica e, nesse caso, nos outros sectores entram a ganhar mais de 1500 euros", insiste Fernando Rodrigues Correia, presidente do Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem.

    Insatisfação geral

    Enquanto permanecerem estes 500 euros de diferença "não haverá acordo e os protestos vão endurecer e subir de tom", promete José Correia Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, que dá também como exemplo os "1500 euros com que começa um professor ou os 2500 dos médicos e juízes".

    Também a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Maria Augusta Sousa, diz que "há uma insatisfação global que se compreende porque não se reconhece o valor acrescentado dos cuidados de saúde prestados pelos enfermeiros". E alerta que "a desmoralização é perigosa para a qualidade dos serviços", em especial depois do investimento feito na carreira por estes profissionais. Por isso, apela ao "bom senso" de todos os intervenientes nas negociações.

    Em Setembro, a tutela apresentou uma proposta para subir as remunerações de entrada na carreira para 1200 euros mensais a partir de Janeiro de 2011. Contudo, na segunda ronda negocial, no início de Janeiro, a ministra da Saúde baixou a proposta de entrada dos actuais 1020 para 995 euros até ao ano 2014, altura em que se passaria para a proposta dos 1200 euros.

    Uma ideia muito contestada que Ana Jorge abandonou depois, dizendo que mantém o actual montante e que o sobe daqui a quatro anos, equiparando-o ao valor que recebem os restantes licenciados. A ministra ficou também de apresentar uma contraproposta aos sindicatos mas que até ontem não tinha ainda chegado.

    "Somos uma figura de primeira linha que está a ser explorada mas que tem pouca visibilidade, porque nos colocam sempre na retaguarda do médico", diz Adriana Lopera. E apela: "Temos de juntar forças para conseguir uma grande adesão a esta greve e a estas acções reivindicativas, para conseguirmos os nossos objectivos tal como os professores conseguiram." retirado de "O Público"

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  2. fanux, um dos 60.000 santos28 de janeiro de 2010 às 20:40

    Eu acrescento:
    Esta conversa fiada dos repetidos ministros "É preciso continuar a negociar" já dura há 11 anos. Um enfermeiro em 11 anos perdeu cerca de 500€/mês * 14 meses * 11 anos. Não sou professor mas creio que dá: 77000€ foi o contributo de CADA enfermeiro para o défice desde que começou o "blá blá" dos ministros, que já em 1999 assumiam a injustiça existente.

    E isto não é o pior que esta ministra agora nos propõe! Custa a crer mas o pior está na organização da carreira e não nos 500€ que perdemos todos os meses.

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